quarta-feira, 29 de agosto de 2012


Ciclistas fazem manifestação para reivindicar por 


medidas públicas




Pelotas possui mais de 30 mil ciclistas
    Por: Murian Ribeiro
    O Movimento dos Usuários de Bicicleta de Pelotas (MUBPel) realizou na manhã desta quinta-feira (13) uma manifestação para chamar atenção sobre a necessidade urbana de medidas públicas que incluam também os ciclistas da cidade. Na ação, foi pintada uma ciclofaixa  ao longo da rua Santa Cruz, entre os cruzamentos da rua Dom Pedro II e a rua Cassiano. O protesto teve ainda o apoio do Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), através do Projeto de Planejamento Urbano e da Secretaria de Segurança Transporte e Trânsito.

    Segundo um dos organizadores da intervenção e professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Maurício Polidori, a ação teve por objetivo realizar uma intervenção pacífica mostrando a viabilidade e também a necessidade de medidas mais imediatas quanto à disposição de ciclofaixas e ciclovias. “Fizemos uma pesquisa nos arquivos públicos da cidade, e vimos que esta rua era uma das que poderiam receber uma ciclofaixa, já que é um importante ponto de ligação e tem  largura suficiente”, disse.
    Para o coordenador do MubPel, Horácio Severi, a ação trará a tona uma necessidade que a cidade vem tendo há um longo período. “Em Pelotas existem mais de 30 mil ciclistas, sendo que nas classes D e E mais de 50% das pessoas usam a bicicleta para se locomover, é um número muito alto de pessoas que transitam na grande maioria das vezes sem a menor estrutura ou segurança”, disse. Ainda segundo Severi, existem estudos no Brasil e no exterior que indicam que cada bicicleta na rua é também um automóvel a menos que transita pela cidade. “Muitas pessoas reclamam que a instalação de ciclofaixas diminuirá as vagas para estacionamento por exemplo, no entanto, conforme estudos, um maior número de bicicletas acarreta em um menor número de veículos, e consequentemente mais estacionamento na cidade”, disse.

    Para a estudante Fernanda Toniello, que participou do manifesto, a ação é fundamental para mostrar a necessidade de vias exclusivas para o trânsito de ciclistas. “Não estamos aqui em uma ação contra os carros, queremos apenas mais segurança para todos que precisam ou gostam de andar de bicicleta”, disse. Já um dos comerciantes da localidade onde ocorreu a ação, Tércio Wille, teme que a instalação da ciclofaixa naquela localidade possa diminuir o fluxo de pessoas no comércio. “Acho muito importante a ação, mas tenho medo que diminua o número de pessoas que procurem meu estabelecimento pela dificuldade de estacionar”, disse.

    O manifesto teve ainda a presença do secretário de segurança trasporte e trânsito de Pelotas, Jacques Reydams, que aprovou a ação. “É muito importante a parceria e a integração de entidades com o poder público, para que haja uma conscientização e um equilíbrio da população”, disse.





    Tragédias no trânsito de Pelotas - Reportagem Patrícia Porciúncula

    amigosdepelotas.com: Trânsito em Pelotas: uma aventura!


    DOMINGO, JULHO 17, 2011


    Trânsito em Pelotas: uma aventura!


    Natália Redü
    Da equipe do Amigos

    A situação do trânsito está cada vez mais caótica. O aumento do número de veículos em circulação cresce a cada dia em todos os cantos do país, por causa dos bons ventos da economia, exigindo dos motoristas mais atenção e cuidado ao dirigir. Há agravantes: aqui em Pelotas, por exemplo, as obras de otimização das vias são escassas, a abertura de novas vias também. É cada vez mais difícil circular.

    Outros problemas: além de manter a atenção no movimento dos veículos, temos que estar atentos à via em si: os quebra-molas raramente estão devidamente pintados e com placas indicativas em distância razoável; os buracos não são cobertos adequadamente, eis que na primeira chuva o famoso “asfalto sonrisal” já se desmanchou; as faixas de segurança só são pintadas quando praticamente nem se enxerga a sinalização anterior; as sinaleiras costumam ficar inoperantes em dias de chuva. Soma-se a isso tudo a ausência de placas indicativas das ruas, bairros, locais turísticos e afins. São freqüentes as queixas de turistas e visitantes nesse aspecto.

    Como já não bastasse todos esses empecilhos, ainda contamos com alguns motoristas desprovidos de educação: não respeitam a faixa de segurança e a sinaleira; transitam pelo meio da rua, como se fosses donos dela; não ligam piscas; não ligam faróis a noite; não observam os pedestres. E, pior de tudo, sentem-se ofendidos quando lhes chamamos a atenção.

    Claro que não poderia esquecer dos motoqueiros e ciclistas, que insistem em ficar “ziguezagueando” entre os carros, pouco ligando se vão bater no espelho do veículo ou amassar a lataria. É necessário estar lá na frente, custe o que custar. Há ainda as charretes e carros de som, que andam em velocidade lentíssima, atrapalhando o tráfego.

    Em certa ocasião me senti “espremida” por duas motos: eu estava posicionada corretamente na via quando duas delas resolveram ultrapassar, uma pela direita e outra pela esquerda. Praticamente tive que parar o carro para deixá-las passar. Ou alguém duvida que caso houvesse um acidente o motorista do carro é quem levaria toda a culpa, por ser o veículo maior? E digo o mesmo para aquelas situações em que os pedestres atravessam as ruas sem observar o movimento.

    O nosso cotidiano está cada vez mais corrido, cada vez somos mais exigidos, todos têm pressa. No entanto, no trânsito temos que ter calma e paciência. Todos têm direitos, deveres e regras a observar: motoristas, motoqueiros, ciclistas e pedestres.

    A situação do trânsito é um problema relevante e que poderia ser melhorado com duas simples ações do poder público:

    1 – Manter as ruas em boas condições de trafegabilidade, com sinalização adequada e com recapeamento durável;

    2 – Campanhas maciças de conscientização do trânsito, incluindo não só os motoristas, mas também os pedestres, motoqueiros e ciclistas, esclarecendo as regras que cada um deve seguir e respeitar.

    Não basta pavimentar as ruas. Mais importante é mantê-las em boas condições. Não basta campanhas de trânsito esporádicas “pra inglês ver”. 

    Fonte: amigosdepelotas.com: Trânsito em Pelotas: uma aventura!: Natália Redü Da equipe do Amigos A situação do trânsito está cada vez mais caótica. O aumento do número de veículos em circulação cresce...

    Tragédias no trânsito de Pelotas - Reportagem Patrícia Porciúncula